A Justiça autorizou que o avião apreendido com 220 quilos de pasta base de cocaína em Porto Nacional, na região central do estado, seja utilizado pela Polícia Civil do Tocantins até o fim do processo. A aeronave avaliada em R$ 650 mil está apreendida desde junho de 2022, quando dois homens foram presos com a droga após pousarem na cidade para reabastecimento.
A decisão é da 2ª Vara Criminal de Porto Nacional, que no final do ano passado condenou os dois suspeitos a mais de 11 anos de prisão pelo crime de tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico. O processo está em fase de recurso.
Conforme a decisão, publicada nesta quinta-feira (27), a utilização da aeronave pela Polícia Civil do Tocantins teve parecer favorável do Fundo Nacional Antidrogas (Fundad) e do Ministério Público Estadual.
O avião está registrado no nome de um homem que também responde por tráfico de drogas. A polícia deverá utilizar o avião exclusivamente para exercício da atividade policial no combate a crimes.
“O bem foi devidamente avaliado no valor de R$ 650 mil e estando apreendido no aeroclube desta comarca sem utilização, poderá acarretar em avarias e deterioração”, diz trecho da decisão da juíza Umbelina Lopes.
Entenda O avião foi apreendido em junho do ano passado, quando pousou em Porto Nacional com 220 quilos de pasta base de cocaína, avaliados em mais de R$ 72 milhões. O voo foi descoberto depois que a Polícia Civil de São Paulo prendeu dois homens em Jaboticabal (SP) e avisou a Polícia Civil do Tocantins sobre uma aeronave que possivelmente pousaria em Porto Nacional com as drogas. Depois disso as equipes da 7ª Delegacia de Investigações Criminais, com apoio da Polícia Militar, passaram a monitorar todas as pistas de pouso da cidade, inclusive o aeroporto. As drogas estavam dentro de malas. Um dos suspeitos contou à polícia que os dois decolaram de Jaboticabal (SP) e pousaram em Porto Nacional para reabastecimento. O destino final seria o estado do Maranhão.
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